Boca de Zero Nove
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Policiais da Delegacia de HomicĂdios e Proteção Ă Pessoa (DHPP), sob o comando do delegado FabrĂcio Linard, prenderam na madrugada desta terça-feira (19), o reciclador Gilma Dantas dos Santos, 41 anos, residente no bairro Jardim Cruzeiro, em Feira de Santana. Ele Ă© acusado do assassinato da adolescente Bruna Santana Mendes, 16 anos, que desapareceu no dia 18 de fevereiro deste ano, apĂłs sair do Shopping Boulevard, e teve o corpo encontrado na manhĂŁ de quarta-feira (21), Ă s margens da avenida Eduardo FrĂłes da Mota (Anel de Contorno), junto ao muro de uma distribuidora de gĂĄs, no bairro Jardim Cruzeiro. O corpo da jovem estava dentro de um saco plĂĄstico.
O delegado FabrĂcio Linard informou que sua equipe continuava com as investigaçÔes e jĂĄ vinha investigando Gilma, e apĂłs o recebimento do exame de DNA do acusado, que deu positivo com o material coletado nas unhas da vĂtima, solicitou o mandado de prisĂŁo. “Tivemos a felicidade de nĂŁo abandonar as linhas de investigação, e uma delas era a pessoa de Gilma, natural de Conceição do Jacuipe. Ele foi a Ășltima pessoa que confirmadamente teve contato com Bruna, na noite do seu desaparecimento. Em segundo, ele trabalha com reciclagem, de modo que teria acesso aos sacos que foram usados para embalar e dispensar o corpo da garota. E para contemplar, ele estava sozinho em sua residĂȘncia na noite do crime e jĂĄ responde a dois processos por estupro na cidade de Conceição do Jacuipe”, revelou Linard.
Ainda de acordo com o delegado, Gilma informou que agiu sozinho e a intenção era praticar o estupro, mas não consumou o ato porque na tentativa de evitar que a garota não gritasse, terminou sufocando e provocando sua morte.
O acusado mora na mesma rua dos parentes da vĂtima e apĂłs ser conduzido para a delegacia, confessou o crime e disse que agiu sozinho. “Bateu aquela loucura e eu nunca tinha visto ela (Bruna)”, alegou Gilma.
Ele disse que a jovem estava sem sinal de celular para se comunicar com familiares e a atraiu atĂ© o interior de sua residĂȘncia. Contou ainda para a polĂcia que chegou a tirar a roupa da vĂtima, mas nĂŁo conseguiu consumar o estupro. “Agarrei ela pelo pescoço e ela tentou gritar e veio a Ăłbito. Ela tentou resistir”, concluiu.
O delegado FabrĂcio Linard informou que o acusado contou que apĂłs cometer o crime, embalou o corpo nos sacos, colocou em um carro de mĂŁo e levou atĂ© o terreno baldio. Foi expedida a prisĂŁo preventiva do acusado, sem prazo para ser liberado.